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Foto:  www.portaldosjornalistas.com.br

 

EDISON VEIGA

( São Paulo – Brasil )

 

Edison Veiga nasceu em Taquarituba (SP), em 30 de agosto de 1984.

É jornalista e escritor, autor de Titereiro (Patuá, 2014), Mingutas (Patuá, 2011), O Menino Que Sabia Colecionar (Panda Books, 2012),  O Theatro Municipal de São Paulo: Histórias Surpreendentes e Casos Insólitos (Senac, 2013), entre outros.

Mantém uma página no Facebook com curiosidades históricas de São Paulo (facebook.com/paulistices), extensão de sua coluna publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo e em blog do Estadão.com.br (oesta.do/edisonveiga).

 

ANTOLOGIA PATUÁ 10 ANOS +  Patuscada/ Vários autores.  Editor Eduardo Lacerda.  Capa de  Leonardo MAthias. São       Paulo: Editora Patuá, 2021.;   288 p.   13,5 x 21 cm.     ISBN 978-65-5864-191-9   Ex. bibl. Salomão Sousa

 

Fragmentos do País

  1. Poeminhacídio de outubro de 2018

 

Desinforma
Enforma

            Mitifica
Retifica

Monta
Desmonta

            Mata
Desmata

            Desmilita
Militariza

            Destrói
Descria

            Padroniza
Patroniza

Atira
Tira

            Retrocede
Desavença

            Ordena
Desorganiza

Nega
Entrega

             Antópoda
Déspota

Poda

 

               Esvazia

               Dessonhemos.

 

Fragmentos do País

  1. Fumaça e cinzas, 2019

 

Onde tem fumaça tem cortina
tem bala
tem fantasia de progresso
tem falácia reaça
onde tem fumaça:
lembrete repete
— acaba o carnaval
a quarte é o que resta.

 

Se era para verdear
vores
Por que tanta só
já?

 

Fragmentos do País

  1. O hiato chamado 2020

Se não é possível chamar de genocídio,
pelo menos quem é que vai contar os
mortos?

Nome aos bois, noves fora,
menos com
menos
nunca mesmo deu mais.

 

Fragmentos do País

  1. Esse Sete de Setembro de 2021

 

esse se
te de se
tembro

logo ali
como quem se avizinha
ou dobra a própria espinha
ou vira a tripa da esquina

                                esse se
te de se
tembro

lembro
como se houvesse  liberdade
ou assinássemos saudade
ou viesse o beijo logo tarde

               esse se
te de se
tembro

destarte
é desfile de canhões e maldição
é arte de guerra contra dição

 

Fragmentos do País

5. Futuro, sempre em construção

       Menos
demônios
      Mais
democracia.

       Menos
amém;
Mais
amor.

 

     

*

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http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/sao_paulo/sao_paulo.html

Página publicada em dezembro de 2021


 

 

 
 
 
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